segunda-feira, 11 de abril de 2011

Lázaro, vem para fora!


Aproxima-se a Semana Santa, na qual a Igreja ganha grande visibilidade, mostrada nas vitrines dos meios de comunicação, em suas celebrações litúrgicas e em todas as manifestações, de acordo com as diferentes culturas, com as quais o Amor maior, Jesus Cristo, em Sua Morte e Ressurreição, é posto em espetáculo!

Sim, desde as procissões de Ramos encontradas pela peregrina Etéria em Jerusalém, no século IV, até as encenações da paixão com teatros a céu aberto de nosso tempo, o mistério inesgotável de Cristo continua sendo o argumento mais explorado e nunca esgotado.


Artistas se encantam pela primeira vez com os personagens que são chamados a representar, sentindo inclusive ressoar em seus corações as raízes da fé, quem sabe plantadas na infância e guardadas num cantinho reservado da consciência. Novas gerações, representadas por crianças, apenas chegadas à maior compreensão dos acontecimentos, que começam a descobrir uma formação feita de procissões e teatro, de emoções e surpresas.

Deverão progredir, pouco a pouco, dos sentimentos à fé, tarefa de pais, Igreja e catequistas, aos quais são confiados os pequeninos de Deus que se encantam com ramos, assistem estupefatos o lava-pés ou choram diante da maldade daqueles que crucificaram Nosso Senhor.


Às gerações de adultos mais maduros na fé cabe a responsabilidade de sair das ruas, das encenações e procissões e entrar na Igreja, onde não se assistem a espetáculos, mas se torna presente o mesmo Senhor, em Sua Morte e Ressurreição, fonte de vida e de graça para todos que deixam de ser espectadores para se envolverem no mistério vivido!

O ano litúrgico da Igreja é uma delicadeza pedagógica, com a qual a mesma realidade da fé no Cristo ressuscitado é celebrada intensamente.

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

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